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INTERCAMBIANDO

Blog para falar de Arte, Sustentabilidade, Fazer Amigos pelo mundo, Falar do Cotidiano, Experiências , Sentimentos e Relacionamentos das pessoas comuns...

23.09.11

CULPA DE EROS, OU DO PRÍNCIPE ENCANTADO?


Bete do Intercambiando

Já publicamos aqui sobre a atualidade do Mito de Eros e Psiquê, relatado por Robert A.Johnson, em sua trilogia "HE","SHE" e "WE".

Mas, uma das partes que mais impressiona, e nos faz refletir, é a que segue:

 

"Eros fez o máximo que pode para manter Pisiquê na inconsciência, chegando a prometer-lhe o paraíso se ela não o fitasse. Dessa maneira procurou dominá-la.

Muitas vezes a mulher vive parte de sua vida sob o domínio do homem que tem dentro de si, o Deus interior, o ANIMUS. Seu Eros interno a mantém no paraíso praticamente sem que ela tome consciência disso. Ela não deve perguntar nada; não pode ter um relacionamento verdadeiro  com ele. Está totalmente sujeita a essa dominação interior.

Um dos grandes dramas da vida interior da mulher ocorre quando ela desafia a supremacia do animus e diz: “Eu vou olhar pra você”. E quando ela o faz vê algo acima do Humano – um Deus ou um arquétipo- e cai numa solidão intolerável. Por essa razão é que o impasse, a dominação e a fantasia do paraíso duram tanto. Intuitivamente a mulher sabe que, se se libertar desse estado de possessão do ANIMUS, cairá na pior espécie de solidão.

Várias mulheres sentem o poder que o animus exerce sobre elas, sem reconhecê-lo. Quando a mulher vê o animus, este não pode mais dominar sua Psiquê. Ela pode então, relacionar-se com ele, deixando de lhe ser subserviente".

 

Infelizmente, o que se observa, é o número avassalador de mulheres que vivem o mito, não apenas em seu ANIMUS, mas, na mais absoluta realidade da relação e preferem continuar na inconsciência, que, nem sempre é sinônimo de paraíso. Vejo muitas mulheres não querendo ver a realidade, assentindo em desmandos de marido, pois assim elas se sentem de alguma forma protegidas.

 

E, na maioria das vezes, são mulheres fortes, experientes, que poderiam estar usando todo seu potencial na relação e na vida, mas ficam esperando a salvação prometida nos livros infantis.

 

Enquanto a mulher viver a ilusão do Principe Encantado ela não encontra dentro de si as armas prá crescer, pois está sempre esperando ser salva por Êle.

Leia-se aqui: Também já fui assim rsrsrsrsrsrs

 

 

 Rodrigo Lombardi, no papel de "RAJ", o eterno príncipe