CADASTRO EMERGENCIAL NO ESTADO DE SÃO PAULO - BUROCRACIA QUE PREJUDICA AOS PROFESSORES RECÉM FORMADOS
Todos os anos, depois que os professores efetivos e contratados têm suas aulas atribuídas, é aberto um cadastro emergencial que oportuniza a atribuição aos recém formados e aos que ainda estão concluindo sua licenciatura.
Este ano, porém, por algum motivo o governo do Estado de São Paulo não abriu este cadastro, o que está prejudicando imensamente aos que necessitam trabalhar e se veem privados de seu direito em exercer a profissão... Atentem-se ao fato que ainda existem aulas a serem atribuídas!
Como todos sabem, ano passado passamos pelo dissabor de ameaças de fechamento de algumas escolas em prol de uma reforma que não beneficiaria em nada essas populações que teriam que se deslocar ainda mais para obter o que já possuem com um certo conforto.
Ao serem forçados a renunciar a esta reforma devido às pressões populares, este ano o governo tomou atitudes igualmente prejudiciais, mas que mascaram o antigo propósito de fechamento das escolas e estamos todos assistindo a isso calados. O número de classes fechadas por escola chega em alguns lugares a 30%. A APEOESP que é o órgão que deveria apontar para estes desmandos, está fazendo o que?
Com isso, o número de alunos por classe está insustentável, o que prejudica a parte pedagógica e a escola como educadora.
O PSDB que já vem comandando o Estado há 20 anos, fixou políticas educacionais que, longe de elevar seus níveis, têm, ao contrário, colocado-a em patamares muito rudimentares, graças à tal progressão continuada, que, como todos sabem, não reprova o aluno do Ensino Fundamental.
Conforme as Leis de Diretrizes e Base da Educação Nacional prevê, nestes casos, os alunos que não atingissem os níveis de conhecimento adequados, receberiam um reforço extra no contraturno de suas aulas. Até o ano de 2013 isso vinha ocorrendo, o que, desde então, também foi cortado pelo governo.
Com isso, vemos agravado à má alfabetização, também o quesito comportamental do aluno que já não se esforça para passar de ano, pois faça ele o que fizer, passará de ano. Temos a falta de compromisso das famílias que também ficam omissas pelo mesmo motivo, restando aos professores tentar manter a ordem em classe para que aprendam alguma coisa.
Faz-se necessário que os setores organizados da sociedade lutem contra essas medidas e que os pais acordem e percebam que esta política não é boa para seus filhos que não terão como competir com os filhos daqueles que podem pagar uma escola comprometida com a educação, pois esta nossa, do Estado, claramente não está. Seu lema de Pátria Educadora é clichê para Campanhas Políticas, pois estamos educando crianças irresponsáveis, semi analfabetas e incapazes de fazer uma interpretação textual e uma reflexão sobre o que quer que seja. As que o fazem são a excessão.