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INTERCAMBIANDO

Blog para falar de Arte, Sustentabilidade, Fazer Amigos pelo mundo, Falar do Cotidiano, Experiências , Sentimentos e Relacionamentos das pessoas comuns...

21.02.21

Quando os Grandes Artistas Brasileiros ainda Engatinhavam


Bete do Intercambiando

Era o ano de 1967 e a TV Record anunciava a grande final de Música Popular Brasileira.

Minha família ainda não tinha televisão, mas não queria perder esse grande acontecimento...Eram outros tempos e uma grande parte das famílias brasileiras não possuíam esse bem.

Fomos convidados a assistí-lo em casa da Tia Maria, na cidade de Rio Claro... Mas, também não tínhamos carro para ir até lá, uma vez que, de onde morávamos (Ipeúna) dista 18 Km... Não tivemos a menor dúvida: Tomamos o ônibus e fomos e lá encontramos com outros tios e primos que encontravam-se na mesma situação. 

Não, não fiquem com pena de nós, pois aquilo era uma grande diversão e acontecimento... Essa era uma das formas que socializávamos e nos divertíamos, e, acredito que os donos da casa ficavam felizes por poder proporcionar esse momento a todos nós.

Lembro-me que a sala ficou lotada. Tinha gente por todo lado. Mas, valeu muito a pena porque vimos nascer, nesse dia, os que viriam a ser os grandes nomes da Música Popular Brasileira: Chico Buarque, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Elis regina, Gilberto Gil, Sergio Ricardo, Roberto Carlos, Edu Lobo, Marília Medalha

Houve até quebra-quebra de violão ( no festival, não em nossa reunião) porque o público presente no Festival não deixava Sérgio Ricardo cantar... Dizem os críticos que o público não conseguiu absorver a mensagem da música e preferiu outras músicas de mais fácil entendimento... Pena porque, já nessa época, havia um apelo do artista para as causas sociais... Nesse caso, ele lembrava o jogador que alcançara a glória, e fora rapidamente esquecido. Sérgio Ricardo foi desclassificado desse Festival, por sua atitude.

Se gosta de história e de música, reveja esse dia memorável para a música brasileira.

caetano_Festival 1967_Record.jpeg

 

 

21.02.21

Com um pé na cova, outro na casca de banana


Bete do Intercambiando

Post publicado originalmente em 2011 

Adoro expressões de uma língua, pois elas enriquecem muito a comunicação, além de caracterizar uma região, ou até mesmo um grupo!...

Esta expressão "Com um pé na cova, outro na casca da banana", é uma maneira bem humorada que temos de dizer que o sujeito, ou nós mesmos, estamos quase chegando na hora da morte...É uma maneira de descontrair a fatalidade.

Lembrei-me dela hoje, em conversa com minha filha que me apontou tudo que começo e não acabo, como artesanatos, cursos, e outras coisas mais.

Então, lhe respondi que depois de uma certa idade, quando fica mais iminente o  " pé na casca da banana", pouco importa a conclusão das coisas, pois começa-se a apreciar a coisa em si. 

Estou pretendo aprender uma lingua européia, italiano ou francês, pois sonho, uma hora qualquer, passar uma temporada por lá, e ela me alertou para esta peculiaridade minha de não concluir..

O que importa se não concluir, ou se eu nem chegar a ir prá Europa?...Importa mais ficar satisfeita com as aulas...até quando for!...

Como, também, se diz por aqui: "Às vezes, você atira no que vê e mata o que não vê"...E assim a vida vai seguindo cheia de novidades e riqueza!

Ah!...Detalhe: Por via das dúvidas passo bem longe de cascas de banana!

 

SILVIO ALVAREZ.jpg

Obra de Silvio Alvarez, brasileiro, paulistano, que trabalha com colagens desde 1989. Esta obra é de 2010 e retrata bem essa preocupação humana com o tempo. Mas, não encontramos o nome dela.

Para quem desejar conhecer melhor o artista e seus projetos acesse seu site