O QUE PODEMOS FAZER POR NÓS?
Como trabalho com pessoas, aprendi a observá-las e a tentar entender seus porquês e suas motivações.
Não é difícil encontrar, diariamente, as que não se contentam com nada e possuem um grau extremo de exigência que supera qualquer expectativa e disponibilidade de recursos para satisfazê-las.
Logo se percebe que alguma coisa não vai bem, e sinto vontade de ajudá-las, mas nada posso fazer, pois o mais sábio em minha profissão é fazer de conta que nada notei, e também, seria muita pretensão de minha parte achar que tenho a "Receita".
Percebo que as que mais sofrem são aquelas cujas vidas foram entregues a outrem, e, de repente, vêem-se excluídas de novos contextos, e não sabem como andar sozinhas. Vêem-se perdidas sem aquelas vidas que elas viveram no lugar das suas...Elas, simplesmete, em algum momento, deixaram de exister!
Outras, são as eternas descontentes, que não viveram a vida de ninguém, mas, também não viveram a própria! Lugar nenhum está bom, companhia nenhuma lhes agrada!...Ter alguém assim no convívio causa uma grande frustração prá quem está ao lado, pois a sensação de incompetência é inevitável. Sente-se impotente por não conseguir fazer o "outro" feliz!
Para este caso, não tenho a receita, mas, para o anterior, aqueles que vivem a vida do outro, posso dizer, sem medo de errar, que procurem viver a própria vida, não deixem a sua nas mãos de ninguém. Encontrem interesses enriquecedores, pois eles existem. Cada um procure encontrar o que lhe faz feliz e lhe preencha.
Viver a vida do outro, longe de ser Altruísmo, é Burrice!
Desculpe-me quem pensa o contrário!
Estar no próprio domínio´"É Tudo"!