"Direito à Justiça" para mudar o Destino dos Idosos
Nesta semana que se comemora 20 anos do Estatuto do Idoso aqui no Brasil, muito se tem falado dos avanços nessa área, desde a promulgação da LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
Este ano de 2023, já foi registrado no disque 100, 96 mil denúncias de violência contra a pessoa idosa entre janeiro e setembro deste ano. Situação alarmante que volta os olhares de toda sociedade para isso.
Mas, existem outras violências contra os idosos, menos flagrantes e muito silenciosas, mas, que devem sim ser discutidas. Uma delas é a que observo em rodas de conversa, que é a dificuldade de colocar a palavra. Simplesmente não tem momento oportuno. Cala-se, ouve-se e, acho que é o melhor mesmo que se tem a fazer, porque quando conseguimos a palavra já estamos tão exauridos pela espera que acabamos falando rápido e rispidamente, o que nos torna desagradáveis...É uma luta contra si mesmo!... Então, melhor calar-se!
Outra violência silenciosa é com os que, ainda produtivos, desejam colocar sua força de trabalho à disposição da sociedade, mas querem aperfeiçoar-se, para darem o seu melhor, mas são barrados por Leis caóticas e antiquadas que não lhe concedem uma bolsa de estudo porque ele já recebe do governo, uma aposentadoria. E, com isso, tiram-lhe a oportunidade de mudar seu destino e o destino de uma sociedade que poderia ser melhor, mais humana e mais generosa.
Com isso, não se leva em conta que essa pessoa, ou não teve oportunidade para estar em melhores condições, ou se teve oportunidade, não teve sabedoria para aproveitá-la e nega-se-lhe o direito humano, básico e alienável de rever sua própria trajetória e alterá-la.
Crédito da Imagem: Governo do Estado de São Paulo